sábado, 31 de julho de 2010

what's up, docs?

Acontece sempre isto no Verão. Deito-me um pouco mais tarde e acabo a noite a ver um documentário qualquer que devia passar a horas decentes. Ontem gostei imenso de um filme feito pelos franceses Jules and Gedeon Naudet e o bombeiro James Hanlon que registaram em vídeo tudo o que se passou no interior do World Trade Center. Chama-se 9|11, é humaníssimo e revelador do transe por que passaram aqueles homens e aqueles dias. Aqui.

 

Outro documentário - já quase não vejo outra coisa na televisão - é a série documental extreme phobias, da bbc, com a participação de James Bennett-Levy (um australiano behaviorista cognitivo). Ter um pavor paralisador de botões da roupa, sapos, flores, estrelas do céu, esponja, teias de aranha, torres eólicas, ouriços, algodão, pássaros, joelhos (sim, joelhos) e, pasme-se, o caso de um cozinheiro que entra em pânico sempre que vê... feijões e o caminho terapêutico que estas pessoas, em tudo o mais absolutamente normais, percorrem, é um incrível documento que cumpre não perder. Aqui.

Pena é que apenas sejam exibidas estas coisas a horas tão inclementes.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

cinzas

Recuperei agora de um tufão informático-eléctrico que me volatilizou dois discos de backup. Perdi montanhas de coisas. Andei uns dias, confesso-vos, aturdido com tanta, tanta coisa que me desapareceu para sempre. Mas fui, todavia, recenseando as coisas que verdadeiramente me entristeceria ver perdidas. Concluí, entre ruínas e despojos, que existem poucas coisas insubstituíveis. Quase nada, afinal. Uma fotografia aqui, um texto ali. Mas tudo, tudo, pessoas ou memórias de pessoas. O que começou por ser um cataclismo, acabou em redenção intelectual. Do estremecimento inicial sobrou sossegadamente um sentimento de renovação. Nunca voltamos ao princípio.

É empolgante compreender à séria como hoje é sempre depois.

Reiniciemo-nos, então. Cada dia.

cinzas

Recuperei agora de um tufão informático-eléctrico que me volatilizou dois discos de backup. Perdi montanhas de coisas. Andei uns dias, confesso-vos, aturdido com tanta, tanta coisa que me desapareceu para sempre. Mas fui, todavia, recenseando as coisas que verdadeiramente me entristeceria ver perdidas. Concluí, entre ruínas e despojos, que existem poucas coisas insubstituíveis. Quase nada, afinal. Uma fotografia aqui, um texto ali. Mas tudo, tudo, pessoas ou memórias de pessoas. O que começou por ser um cataclismo, acabou em redenção intelectual. Do estremecimento inicial sobrou sossegadamente um sentimento de renovação. Nunca voltamos ao princípio.

É empolgante compreender à séria como hoje é sempre depois.

Reiniciemo-nos, então. Cada dia.